Polícia Federal afastou 2 funcionários em operação em Chapecó; a suspensão dos benefícios fraudulentos economizará R$ 22 milhões
A PF (Polícia Federal) desarticulou um esquema de fraudes em benefícios previdenciários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Chapecó (SC). A operação Destoante foi deflagrada nesta 3ª feira (27.mai.2025), com o cumprimento de 5 mandados de busca e apreensão e duas ordens de afastamento de funções públicas.
Segundo levantamento da CGINP (Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária), o esquema causou prejuízo de R$ 2,3 milhões aos cofres públicos. A suspensão dos benefícios fraudulentos representa uma economia estimada em R$ 22 milhões para a Previdência Social.
As investigações começaram em dezembro de 2024. Os principais alvos da operação são 2 funcionários do INSS que participaram, segundo a corporação, ativamente de concessões irregulares de benefícios e pagamentos retroativos indevidos. Eles foram afastados.
Outros indivíduos também são investigados por possível envolvimento no esquema. Eles podem responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato previdenciário e peculato eletrônico.
FRAUDE NO INSS
A PF deflagrou em 23 de abril a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS. A operação cumpriu 211 mandados judiciais de busca e apreensão e 6 mandados de prisão temporária no Distrito Federal e em 13 Estados.
De acordo com a PF, a investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sobre os benefícios previdenciários, principalmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo INSS.
VALORES DEVOLVIDOS
O INSS começou nesta 2ª feira (26.mai) a devolução dos valores fraudados no mês de abril. A data de restituição depende do valor do benefício e do último algarismo do número do segurado.
Serão devolvidos R$ 292 milhões até 6 de junho. A restituição será feita com o pagamento regular dos benefícios.
