Fazenda já estuda recuar do aumento IOF e busca alternativas

by Radar Invest News

Febraban e presidentes de bancos apresentaram alternativas que ampliam receitas e cortam despesas; Ministério diz que vai avaliar

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta 4ª feira (28.mai.2025) que a equipe econômica do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai estudar medidas e recuar no aumento das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras. Ele concedeu entrevista a jornalistas ao lado do presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), Isaac Sidney, que apresentou propostas alternativas.

Sidney afirmou que as sugestões envolvem medidas que ampliam as receitas e cortam despesas. Durigan disse que a Fazenda “sempre está aberta a discutir”. E completou: “Na própria 5ª feira (22.mai) nós fizemos uma correção no texto do decreto, antecipando eventuais problemas que poderiam ter na abertura do mercado na 6ª feira (23.mai)”.

Na Câmara e no Senado, os congressistas apresentaram projetos para derrubar a alta do IOF. São projetos dos seguintes partidos: Solidariedade, Novo, PP, União Brasil e MDB.

Durigan declarou que teve reunião construtiva e produtiva com os bancos. Além de Isaac Sidney, estavam:

O secretário-executivo disse que o Ministério da Fazenda apresentou as premissas que levaram a equipe econômica a apresentar a proposta do aumento do IOF ao presidente Lula.

Durigan declarou que tem conversado com “vários setores” sobre o tema. Diversas entidades empresariais publicaram manifestos contrário à medida, que terá impactos nas operações de crédito.

“[Estamos] Sempre muito dispostos a, atendendo as nossas premissas, fazer as revisões, ajustes e estudos necessários”, disse o secretário-executivo. “A gente discutiu alternativas também apresentadas pela Febraban e outras que a gente trouxe para o debate. É natural que a gente avance nesse debate sobre o que poderia ser uma alternativa a itens isolados desse ajuste no IOF”, disse Durigan

O secretário-executivo disse que o Ministério da Fazenda continuará em diálogo com o setor e outras entidades empresariais para “revisitar” o aumento do IOF.

O presidente da Febraban declarou que mandou preocupações do setor sobre o tema para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que propôs uma reunião nesta 4ª feira (28.mai.2025).

Ele nos recebeu hoje para que pudesse, de viva voz, ouvir de nós os impactos. Nós mostramos para o ministro Haddad e seus secretários que o impacto no custo do crédito é severo. É um impacto para o crédito das micro, pequenas e médias empresas”, disse Sidney.

A Febraban declarou que uma operação de curto prazo (até 1 ano) que possa ser prorrogada o impacto é de 3 a 8 pontos percentuais nas taxas cobradas. “Isso pode significar no curto médio total de uma operação de curto prazo uma variação de 14,5% a 40% do custo efetivo total em termos de taxa de juros”, declarou.

Sidney avalia que esse impacto “certamente sensibilizou” o Ministério da Fazenda. Haverá uma frente de trabalho dos bancos com a equipe econômica do governo para analisar as alternativas. O presidente da Febraban defendeu que é preciso preservar as contas públicas do país.

“O setor bancário tem essa compreensão, mas achamos que esse equilíbrio das contas públicas não deveria se dar por aumento de impostos, sobretudo de um imposto regulatório”, disse Sidney.

Related Posts

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Presumimos que você concorda com isso, mas você pode optar por não participar se desejar. Aceitar Leia mais