Governo dos EUA quer reverter a decisão que permitiu a imigrantes recorrer do processo em solo norte-americano
O governo dos Estados Unidos protocolou na 3ª feira (27.mai.2025) na Suprema Corte um pedido para que seja suspensa a decisão de um juiz distrital. Ela permite que imigrantes recorram legalmente da deportação e permanecer em território norte-americano enquanto aguardam o fim do processo.
Segundo o juiz distrital Brian Murphy, os imigrantes não receberam aviso prévio sobre as deportações. Com isso, não puderam apresentar provas que impedissem a ida para os chamados “terceiros países”, como a possibilidade de serem torturados e mortos. As informações são do jornal digital Politico.
Conforme o documento (íntegra, em inglês – 306 kB) protocolado pelo governo de Donald Trump (Partido Republicano), a decisão de Murphy “prejudica esforços diplomáticos, de política externa e de segurança nacional sensíveis”.
O texto do governo norte-americano diz que as exigências impostas pelo juiz criaram “um caos diplomático e logístico” e usurparam a autoridade do Poder Executivo.
Segundo o governo, o Departamento de Justiça não tem obrigação de perguntar aos deportados se eles temem ser enviados para um determinado país, independentemente de terem antecedentes criminais ou não.
ESTUDANTES
Trump determinou na 3ª feira (27.mai) a suspensão temporária na concessão de vistos a estudantes internacionais. A medida afeta o visto F-1, categoria destinada a estrangeiros que desejam estudar no país. A decisão se dá enquanto o governo avalia implementar verificações mais rigorosas das redes sociais dos solicitantes.
A orientação foi comunicada a todos os consulados dos EUA, instruindo a cessação imediata das entrevistas com candidatos até que novas diretrizes sejam emitidas.
A suspensão afeta diretamente os candidatos, já que as entrevistas representam a etapa final do processo de obtenção do documento necessário para estudar no país. Universidades como Harvard e Yale já informaram a suspensão de entrevistas para candidatos estrangeiros.