Imunizante da Moderna não atendeu critérios técnicos e de segurança do Departamento de Saúde, diz governo norte-americano
O governo dos Estados Unidos cancelou um contrato milionário com a farmacêutica Moderna –que desenvolve uma vacina contra a gripe aviária. O anúncio foi feito pela própria empresa na 4ª feira (28.mai.2025).
A empresa tinha recebido mais de US$ 700 milhões em recursos públicos, segundo informações da Reuters. A decisão também inclui a revogação do direito de compra futura das doses por parte do governo federal.
Os fundos viriam de dois contratos firmados nas gestões do ex-presidente Joe Biden (Partido Democrata), e do atual presidente Donald Trump, por meio do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês).
A farmacêutica diz que o objetivo do financiamento era testar a vacina em humanos e prepará-la contra diferentes subtipos do vírus H5N1.
A Moderna também divulgou resultados positivos de testes que medem a segurança e a resposta imune do imunizante contra a gripe aviária. E afirmou que buscará alternativas privadas para continuar o desenvolvimento da fase final da vacina.
A empresa aposta em novas formulações com tecnologia mRNA para recuperar receitas após a queda na demanda por vacinas contra a covid-19.
O HHS declarou à Reuters que, após uma revisão interna, concluiu que o projeto não atingiu os padrões científicos e de segurança exigidos para novos investimentos federais.
A gripe aviária infectou ao menos 70 pessoas no último ano nos EUA, –a maioria trabalhadores rurais.
NO BRASIL
O Ministério da Agricultura atualizou nesta 5ª feira (29.mai.2025) 9 casos suspeitos de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade).
As análises acontecem em aves do Amazonas, Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.