Serviço de imigração norte-americano recebeu orientações para intensificar prisões de pessoas sem documentação regular
O ICE (Serviço de Alfândega e Imigração dos EUA, na sigla em inglês) recebeu orientação do governo Trump para prender 3 mil imigrantes irregulares diariamente. O número anual de detenções seria de 1 milhão.
A informação foi inicialmente publicada pelo Axios e depois confirmada pelo The Guardian e pela Bloomberg, que também tiveram acesso a detalhes da operação.
Segundo os veículos, a diretriz foi transmitida em uma reunião recente liderada pelo conselheiro sênior Stephen Miller e pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, segundo fonte anônima.
Funcionários de alto escalão foram alertados sobre possíveis consequências profissionais caso não atingissem as metas estabelecidas.
Nos primeiros 100 dias do segundo mandato presidencial, iniciado em janeiro de 2025, o ICE informou ter deportado cerca de 65 mil pessoas, uma média de 650 pessoas por dia.
Para viabilizar o aumento das detenções, o governo expandiu no início deste ano o programa 287(g), que permite a policiais estaduais e locais realizarem prisões relacionadas a imigrantes ilegais. O ICE também divulgou ofertas de contrato que podem alcançar US$ 45 bilhões para ampliar a capacidade de centros de detenção.
A administração Trump também enviou milhares de militares para a fronteira sudoeste. As travessias nessa região diminuíram nos últimos meses, chegando a níveis que não eram vistos desde a década de 1960.
A porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, afirmou em comunicado ao The Independent na 4ª feira (28.mai.2025), que os EUA estão comprometidos em“remover imigrantes ilegais dos Estados Unidos de forma agressiva e eficiente, e em garantir que nossos agentes da lei tenham os recursos necessários para isso”. “A segurança do povo americano depende disso”, acrescentou Jackson.
O Departamento de Segurança Interna declarou que está cumprindo a iniciativa do presidente Trump de “prender e deportar imigrantes ilegais criminosos e tornar a América segura”. O governo não divulgou como processará o volume adicional de casos ou quais critérios serão usados para priorizar as detenções.
