PF quer carros de graça em troca de “visibilidade”

by Radar Invest News

Corporação diz que frota atual é insuficiente para atender autoridades e decidiu pelo contrato de comodato; a montadora empresta o veículo à Polícia Federal, que precisa só devolvê-lo ao final do contrato na mesma condição em que recebeu

A Polícia Federal abriu um edital de chamamento público para que empresas emprestem veículos blindados e não blindados à corporação em troca de “visibilidade”. Serão utilizados no deslocamento de autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do governo federal, além de autoridades estrangeiras.

Conforme o edital, o contrato terá duração de 1 ano e poderá ser prorrogado por mais 12 meses. A PF justifica, no documento, que a demanda se dá pela falta de veículos para atender às diferentes necessidades em todas as regiões do país.

A corporação argumenta, ainda, que ações para proteção de pessoas que estejam sendo transportadas são complexas e demandam carros de diferentes características, como deslocamento urbano, que requer maior agilidade, ou rural, que necessita de veículos apropriados para trafegar em terrenos irregulares. Por isso, o edital elenca 10 tipos de veículos.

São eles:

  • Executivo blindado (combustão, elétrico ou híbrido);
  • SUV 4×4 blindado (combustão, elétrico ou híbrido);
  • Executivo não blindado (combustão, elétrico ou híbrido);
  • SUV 4×4 não blindado (combustão, elétrico ou híbrido);
  • Hatch elétrico;
  • Hatch híbrido plug-in;
  • Sedan elétrico;
  • Sedan híbrido;
  • SUV elétrico;
  • SUV híbrido plug-in.

A PF destacou também a necessidade de adaptação a “práticas sustentáveis” para justificar a escolha por veículos híbridos ou elétricos, além de modernização da frota.

A adoção de veículos elétricos pela Polícia Federal representa um avanço significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e na mitigação dos impactos ambientais causados pela frota veicular convencional”, afirmou a corporação, no edital.

No que diz respeito ao modelo de contratação, a PF declarou que preferiu o comodato por tratar-se de uma forma de empréstimo gratuito. A corporação afirmou que analisou 2 outros tipos de negócio: a compra de veículos e o aluguel.

No edital, a PF explica que gastou pouco mais de R$ 1,5 milhão na aquisição de 5 veículos blindados e que, neste modelo, ainda precisa arcar com manutenção e motorista. A corporação alegou que a compra de veículos seria limitada pelo valor e não supriria a necessidade.

A Polícia Federal disse que alugar carros também seria muito custoso para a corporação. O levantamento indicou que a diária para veículos blindados seria de R$ 2.000, sendo que custos extras como manutenção e combustível estariam incluídos no valor.

Assim, a polícia definiu que o comodato seria a melhor opção por permitir a modernização da frota sem mobilização de recursos elevados.

Leia abaixo as íntegras:

A Polícia Federal ainda citou a aquisição de veículos da fabricante chinesa BYD pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que recebeu 6 carros elétricos para sua frota institucional sem custos, em outubro de 2024. O processo para fornecimento dos veículos elétricos para a frota do tribunal também foi realizado por meio de chamamento público sob o regime de comodato.

A experiência do TCU mostra que a adoção de veículos elétricos trouxe eficiência operacional e redução de custos para o órgão, além de promover a sustentabilidade ambiental”, destacou a PF.

A partir deste empréstimo, a BYD passou a firmar contratos de empréstimo por comodato de carros elétricos para serem usados pela Presidência, pela Câmara e por ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça), além do TCU (Tribunal de Contas da União).

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