Alta foi de 1,2% em março; na comparação com abril de 2024, houve queda de 0,3%
A indústria brasileira registrou variação positiva de 0,1% em abril de 2025 na comparação com março, considerando o ajuste sazonal.
Os dados foram divulgados na 3ª feira (3.jun.2025) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a abril de 2024, houve recuo de 0,3%, interrompendo 10 meses seguidos de resultados positivos em comparativos interanuais.
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O instituto divulga mensalmente os dados de atividade econômica da indústria. Eis a íntegra do relatório (PDF – 1,18 MB).
De acordo com a PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física), 3 das 4 grandes categorias econômicas e 13 das 25 atividades industriais pesquisadas apresentaram crescimento na produção entre março e abril de 2025. Em março, no entanto, a alta em relação a fevereiro havia sido de 1,2%.
Ainda assim, o acumulado de janeiro a abril está em 1,4%, enquanto o índice dos últimos 12 meses alcançou 2,4%.
Das 11 atividades com queda na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,5%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,5%) exerceram os principais impactos negativos. Ambos os setores eliminaram parte dos avanços verificados em março, quando haviam crescido 12% e 3,4%, respectivamente.
Celulose, papel e produtos de papel (-3,1%), máquinas e equipamentos (-1,4%), móveis (-3,7%), produtos diversos (-3,8%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,9%) também influenciaram negativamente o resultado geral da indústria.
Já entre as atividades com desempenho positivo, as indústrias extrativas avançaram 1%, acumulando expansão de 7,5% em 3 meses consecutivos de crescimento. O setor de bebidas cresceu 3,6%, retomando trajetória positiva depois de variação nula em março e queda de 0,1% em fevereiro.
Outras contribuições relevantes para o resultado industrial vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (1%) e de impressão e reprodução de gravações (11%).
CATEGORIAS ECONÔMICAS
Na análise por grandes categorias econômicas, o segmento de bens de consumo semi e não-duráveis foi o único a apresentar resultado negativo entre as grandes categorias, com queda de 1,9% em abril, eliminando parte do avanço de 2,4% registrado em março.
Já os bens de capital (máquinas, equipamentos e instalações) tiveram o resultado mais expressivo em abril, com alta de 1,4% frente a março, compensando a queda de 0,7% registrada no mês anterior.
Os bens intermediários (insumos ou matérias-primas) cresceram 0,7%, marcando o 3º mês seguido de avanço, com ganho acumulado de 2,1% nesse período.
Os bens de consumo duráveis também tiveram alta de 0,4%, uma desaceleração em comparação com a alta de 3,8% registrada em março ante fevereiro.
COMPARAÇÃO COM ABRIL DE 2024
Em relação à abril de 2024, a indústria teve uma variação negativa de 0,3%. Nessa comparação, 2 das 4 grandes categorias econômicas, 16 dos 25 ramos industriais, 48 dos 80 grupos e 53,7% dos 789 produtos pesquisados apresentaram resultados negativos.
Entre as atividades que mais influenciaram negativamente o resultado industrial na comparação interanual estão produtos alimentícios (-4,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,9%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,7%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9%).
Por outro lado, as indústrias extrativas apresentaram o maior impacto positivo, com crescimento de 10,2% em relação a abril de 2024. Os setores de metalurgia (4,4%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (10,4%), máquinas e equipamentos (2,5%), produtos têxteis (6,6%), bebidas (2,5%) e produtos químicos (0,9%) também registraram avanços.
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