Congressista condenada a 10 anos pelo STF anuncia saída do Brasil para se basear na Europa com licença
Deputados apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticaram nesta 3ª feira (3.jun.2025) a saída da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) do Brasil.
A congressista anunciou que irá pedir licença não remunerada do seu cargo para morar na Europa. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por unanimidade pela 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) em 14 de maio deste ano.
O líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou em seu perfil no X (ex-Twitter) que o anúncio “expõe a verdadeira face da extrema-direita: a postura de inimiga da democracia como ideologia e a violência e a fuga como método”.
Guimarães deu os parabéns à PF (Polícia Federal), ao Ministério Público e ao STF pelo “excelente trabalho de investigação e formulação do processo e pela justa condenação”. O congressista afirmou: “A democracia está vencendo! Viva a democracia!”
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) também criticou a deputada por deixar o país depois de ser condenada pelo STF. Ele ironizou o anúncio de Zambelli de que pediria licença do mandato, lembrando que ela já teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral.
Correia ainda comparou a decisão de Zambelli ao comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no STF por tentativa de golpe, e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), investigado por atuar nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
A deputada já afirmou que irá formalizar a mesma licença que o deputado federal Eduardo Bolsonaro solicitou em 20 de março.
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também ironizou o uso da cidadania italiana pela colega, afirmando que “virou o novo habeas corpus preventivo” dos aliados do ex-presidente.
“Atacam a democracia brasileira e, quando a Justiça os alcança, correm para se proteger fora do país”, escreveu.
Já o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) chamou a decisão de “patriotismo de aeroporto”.
“Berram ‘Brasil acima de tudo’ e fogem na 1ª conexão”, escreveu Boulos.
