Bancos cobram ajuste fiscal “urgente” no Brasil

by Radar Invest News

Líderes do setor financeiro defendem medida e fizeram alerta para riscos do aumento da dívida pública durante Fórum Esfera Brasil 2025

Representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), do BTG Pactual e do Itaú afirmaram, neste sábado (7.jun.2025), que o Brasil precisa de um ajuste fiscal “urgente”.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, o líder do conselho administrativo do BTG Pactual, André Esteves, e o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, fizeram coro ao discurso de que, sem sustentabilidade das contas públicas, o Brasil caminhará para um cenário “insuportável”.

As declarações foram feitas no Fórum Esfera, seminário realizado pela Esfera Brasil no Guarujá (SP).

FEBRABAN

Isaac Sidney, da Febraban, afirmou que o atual “desequilíbrio fiscal” pode se tornar insustentável sem uma ação coordenada entre os Três Poderes e a sociedade. Ele disse que a medida precisa ser tomada “por bem ou por mal”.

“Eu tenho a seguinte visão: se não por bem, terá de ser por mal […] se nós não conseguirmos entender essa por bem, essa conta será absolutamente inadministrável e insuportável”, declarou.

BTG PACTUAL

André Esteves, do BTG Pactual, também disse que o Brasil precisa de uma medida que ajuste as contas públicas.

“Vindo para cá, da entrada do hotel até o salão, eu encontrei 2 governadores, e eles me falaram sobre a necessidade de ajustar as contas públicas. São de partidos diferentes, posições políticas diferentes, de geografias diferentes […] está todo mundo angustiado com isso”, disse.

O executivo afirmou que a recuperação dos ativos brasileiros em 2025 está relacionada tanto a fatores domésticos quanto à instabilidade em outras economias, como a dos Estados Unidos.

ITAÚ

Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, também defendeu a adoção de medidas para conter o avanço da dívida pública, afirmando que ela pode crescer até 3 pontos percentuais do PIB por ano.

Para o executivo, o atual arcabouço fiscal tem mecanismos lentos de contenção de despesas, o que limita a eficácia do controle da dívida.

“Precisa ter coragem para enfrentar esse ajuste, você precisa tirar o engessamento do Orçamento. É fundamental que isso aconteça, e a gente precisa debater as medidas estruturantes que levam o país para uma agenda de muito mais produtividade, crescimento e naturalmente estabilidade da dívida e do endividamento”, afirmou.

Maluhy disse que seu reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na 6ª feira (6.jun.2025) para levar “ideias, propostas e alternativas” à decisão do governo de ampliar a alíquota do Imposto sobre IOF (Imposta dobre Operações Financeiras).

Assista ao evento (3h40min):


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