Ministro da Fazenda declara que as empresas não criam empregos e têm lucro de R$ 40 bilhões ao ano
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 5ª feira (12.jun.2025) que o mercado de casas de apostas, conhecidas como “bets”, deveria ser repensado no Brasil. Segundo ele, o lucro bruto dessas empresas é de R$ 40 bilhões ao ano. Esse valor é a diferença entre o que recebem de apostas e o que pagam de prêmio, o GGR (Gross Gaming Revenue).
“Não geram emprego. Eu pessoalmente não gosto de jogo. Penso que é uma coisa que deveria ser até repensada pelo Congresso Nacional”, disse. “Desses R$ 40 bilhões, eles devem gerar alguma coisa menor que R$ 10 bilhões de impostos. Ou seja, uma alíquota menor que uma empresa normal”, declarou.
A fala vem depois do anúncio do aumento de impostos para o setor. Na 4ª feira (11.jun), o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou a MP (Medida Provisória) que, dentre outras ações, aumenta de 12% para 18% a alíquota cobrada sobre a receita com jogos.
Haddad voltou a dizer que a proposta enviada em 2023 pelo governo federal para taxar as casas de apostas já era de 18%. O texto foi aprovado com uma alíquota de 12%. A medida provisória publicada na 4ª feira (11.jun) determina uma cobrança de 18%.
Em manifesto, 6 associações que representam as casas de apostas afirmam que o aumento de carga tributária às bets é “injustificável”.
A nota diz que o setor já é “extremamente onerado” e que “a expectativa de contribuição tributária e social para 2025 ultrapassa R$ 4 bilhões, com destinação a áreas estratégicas como esporte, saúde, segurança pública, turismo, educação e seguridade social”.