Ex-presidente da Argentina foi condenada a 6 anos de prisão por desvio de dinheiro público e teve a sentença confirmada pela Suprema Corte
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se solidarizou nesta 4ª feira (11.jun.2025) com a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, que teve sua prisão decretada pela Suprema Corte de Justiça argentina na 3ª feira (10.jun). Os 2 conversaram por telefone.
Segundo o petista, Kirchner estava “serena” e “determinada” diante da situação. “Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil”, escreveu Lula em seu perfil no X (ex-Twitter).
A Justiça argentina rejeitou por unanimidade um recurso de Kirchner contra a condenação a 6 anos de prisão por desvio de dinheiro público. A decisão também torna a ex-presidente inelegível. Por ter mais de 70 anos, ela tem o direito de solicitar a conversão da pena de 6 anos para regime domiciliar.
A CONDENAÇÃO
O caso envolve o direcionamento de fundos públicos para licitações vencidas por um amigo e sócio da família Kirchner, destinadas à construção de estradas na Patagônia. Muitas dessas obras nunca foram concluídas ou acabaram canceladas.
Cristina Kirchner governou a Argentina por 2 mandatos consecutivos, entre 2007 e 2015. Posteriormente, ocupou o cargo de vice-presidente durante a administração de Alberto Fernández, de 2019 a 2023.
Nahistória democrática argentina, Kirchner é a 2ª ex-presidente a receber uma condenação criminal. O 1º foi Carlos Menem (1930-2021), que foi condenado por venda ilegal de armamentos.
Caso a decisão seja mantida, ela será a 1ª ex-presidente efetivamente presa, já que a condenação de Menem nunca chegou a ser confirmada em última Instância.