A universidade argumenta que as ações do governo violam as proteções da 1ª Emenda da Constituição norte-americana
A Justiça dos Estados Unidos realiza nesta 2ª feira (16.jun.2025) uma audiência em Boston para avaliar se mantém suspensa a medida do presidente Donald Trump (Partido Republicano) que proíbe a entrada de estudantes estrangeiros na Universidade Harvard.
A universidade argumenta que as ações do governo Trump violam as proteções da 1ª Emenda da Constituição norte-americana. As informações são da Reuters.
Em sua petição para a audiência, a instituição afirma ainda que o governo “tentou separar Harvard de seus estudantes internacionais, com o efeito inevitável e intencional de causar estragos na comunidade de Harvard, desorganizando todos os aspectos da vida no campus”.
O conflito começou quando a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, anunciou em 22 de maio a revogação imediata da certificação do SEVP (Programa de Estudantes e Visitantes de Intercâmbio) de Harvard, mecanismo que permite à universidade matricular estudantes estrangeiros nos EUA.
Segundo o departamento, a decisão é motivada pela “conduta pró-terrorismo” de Harvard e foi causada pela negativa da universidade em seguir normas federais.
A secretária declarou ainda que a universidade “não é mais uma administradora confiável de programas de estudantes internacionais e visitantes de intercâmbio”, suspendendo inicialmente por 6 meses a entrada de estudantes internacionais na instituição.
Com a decisão, a comunidade acadêmica de Harvard seria significativamente afetada. No último ano letivo, a instituição recebeu cerca de 6.800 estudantes estrangeiros, que representam aproximadamente 27% do seu corpo discente.
Durante uma audiência em 29 de maio, a juíza de Boston, Allison Burroughs, indicou que planejava emitir uma liminar “ampla” para preservar as coisas como são enquanto o caso segue na justiça.