Vice-presidente afirma que reduzir o Custo Brasil para a indústria deve ser a obsessão do governo
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta 2ª feira (26.mai.2025) que o governo deve fechar a torneira e repensar a “cultura de desperdício” para que o Brasil consiga ser mais competitivo em relação à China, Índia e México.
“A China voa porque produz mais barato. O Custo Brasil tem que ser uma obsessão para a análise e redução. Nós temos uma cultura de desperdício. Então é fundamental o ajuste”, afirma.
Alckmin participou do evento de celebração ao Dia Nacional da Indústria, na sede da Confederação em Brasília. Roberto Barroso (presidente do STF), Hugo Motta (presidente da Câmara dos Deputados, Republicanos–PB), Ricardo Lewandowski (ministro da Justiça e Segurança Pública) e José Múcio (ministro da Defesa) também marcaram presença.
O ministro disse que o Brasil poderá contar com a reforma tributária para desonerar investimentos e exportação. Os 6 seguintes setores da indústria nacional seriam beneficiados, segundo Alckmin:
- Agroindústria (agregar valor ao produto brasileiro)
- Saúde (preparar indústria para envelhecimento da população)
- Cidades (com foco em habitação, saneamento e mobilidade)
- Digitalização
- Transição ecológica
- Defesa aeroespacial
Efeitos do tarifaço do Trump
Alckmin disse que o Brasil precisa fazer um trabalho de defesa comercial total e “trabalhar com uma lupa” para evitar que produtos de outros países não “deságuem” no Brasil a ponto de prejudicar a indústria nacional.
“Com o aumento das tarifas no mundo, o agronegócio brasileiro acaba sendo beneficiado. Mas a indústria precisa estar atenta, para que esse movimento não resulte numa enxurrada de produtos industriais sendo uuada no Brasil. Estamos com lupa nas importações. Não se trata de protecionismo, mas de proteção legítima”, afirmou.
Alckmin disse que já acionou todos os mecanismos de antidumping disponíveis para garantir equilíbrio e competitividade ao parque industrial do Brasil.