PCO diz que Zambelli é perseguida: “2º deputado exilado”

by Radar Invest News

Partido da Causa Operária afirma que ela tem razão em deixar o Brasil ao ser confrontada por um tribunal “como o STF”

O PCO (Partido da Causa Operária), partido historicamente ligado a causas de esquerda, usou seu perfil no X (ex-Twitter) na 3ª feira (3.jun.2025) para apoiar a decisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) de deixar o Brasil depois de ter sido condenada a 10 anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

De acordo com o presidente da legenda, Rui Costa Pimenta, Zambelli é “o 2º deputado exilado” e sua condenação “é claramente persecutória”.

A deputada anunciou na 3ª feira (3.jun) que está fora do Brasil “há alguns dias” e que teria viajado para fazer um tratamento de saúde. À CNN Brasil, afirmou que estava na Itália. No entanto, seu marido declarou que o casal está nos Estados Unidos e que deve viajar para o país europeu em poucos dias. A congressista tem cidadania italiana.

Isso mostra a situação em que chegamos. Podemos acabar com um monte de gente exilada do país por causa do STF. É uma crise. A condenação dela é claramente persecutória, não tem nada de legal. É uma perseguição política, e isso dá margem a essa situação que vemos”, escreveu o partido.

O PCO disse que, quando alguém é confrontado por “um tribunal como o STF”, tem “toda razão em sair do país para não ser perseguido”. O partido já havia criticado a Corte depois da condenação de Débora Rodrigues dos Santos, a mulher que pichou a estátua “A Justiça” com um batom no 8 de Janeiro, a 14 anos de prisão.

Tem gente de esquerda que ainda acredita que isso vai dar um bom resultado, mas não vai dar”, declarou o partido.

Depois do anúncio de sua partida do Brasil, a PGR (Procuradoria Geral da República) pediu ao STF a prisão preventiva de Carla Zambelli.

CONDENAÇÃO DE ZAMBELLI

Zambelli foi condenada, em 14 de maio, a 10 anos de prisão por unanimidade pela 1ª Turma do STF. O colegiado analisou a ação penal na qual a congressista e o hacker Walter Delgatti Neto são réus pelos crimes de invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e por falsidade ideológica.

De acordo com a acusação da PGR, a congressista comandou a invasão do sistema do conselho para emitir um mandado de prisão contra o ministro da Corte Alexandre de Moraes, como se ele estivesse determinando a própria prisão.

Segundo as investigações, o processo foi executado por Walter Delgatti, que confirmou ter realizado o trabalho a mando da deputada. O hacker foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo processo.

Moraes, relator do caso, votou pela perda do mandato de Zambelli, que deverá ser declarada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Ele determinou ainda a inelegibilidade da congressista por 8 anos. Mesmo inelegível, Zambelli só perderá o mandato quando não houver mais possibilidade de recurso.

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