Presidente da Câmara afirma que quer estar “tecnicamente amparado” antes de se manifestar sobre a decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), evitou responder nesta 5ª feira (5.jun.2025) sobre o mandado de prisão preventiva contra a deputada Carla Zambelli (PL-SP), determinado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
A jornalistas, Motta afirmou que quer estar “amparado tecnicamente” antes de se manifestar sobre a decisão de 4ª feira (4.jun). O deputado declarou que dará uma resposta “até o final” desta 5ª feira (5.jun). Falou durante o Fórum Parlamentar do Brics.
“A equipe técnica do jurídico da Câmara está se reunindo para ver quais são as próximas etapas que deveremos cumprir acerca da decisão dada pelo Supremo Tribunal Federal. E eu quero, até o final do hoje, trazer qual será a nossa manifestação acerca do assunto. Procuro sempre —até porque esses casos não têm precedentes aqui na Câmara— decidir com muita responsabilidade”, disse.
A decisão de Moraes se deu depois de Zambelli anunciar que deixou o Brasil. Ela foi condenada a 10 anos de prisão por invasão de sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica.
O ministro determinou que a Polícia Federal inclua Zambelli na difusão vermelha da Interpol e bloqueou seus passaportes, contas bancárias, investimentos, veículos, imóveis e redes sociais.
Ele também impôs multa diária de R$ 50.000 caso a deputada publique, direta ou indiretamente, conteúdos que reiterem condutas criminosas.
Nesta 5ª (5.jun), Moraes notificou à Câmara que suspendesse o salário da deputada. A solicitação ainda não foi respondida por Motta.