Taxa acumulada em 12 meses havia sido de 5,53% em abril; está fora do intervalo permitido pela meta há 8 meses
A taxa anualizada de inflação do Brasil desacelerou de 5,53% em abril para 5,32% em maio, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta 3ª feira (10.jun.2025). É o 8º mês seguido fora do intervalo de 1,5% a 4,5% permitido pela meta.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação oficial do Brasil, teve taxa mensal de 0,26% em maio. Havia sido de 0,43% em abril.
META DE INFLAÇÃO
O CMN (Conselho Monetário Nacional) estabeleceu uma meta de inflação contínua de 3%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo.
A regra em vigor desde o início do ano prevê que a inflação anualizada –acumulada em 12 meses– não pode ficar acima do teto de 4,5% por mais de 6 meses seguidos. Se a inflação ultrapassar o teto por mais de 6 meses seguidos, a meta será descumprida e o Banco Central terá que publicar uma carta com as explicações.
A autoridade monetária diz, desde fevereiro, que deverá descumprir a meta em junho.
TAXA DE JUROS
Para controlar a inflação, o Banco Central aumentou a taxa básica, a Selic, para 14,75% ao ano em 7 de maio. Esse é o maior patamar desde 2006. O comunicado deixa a porta aberta para eventuais altas no futuro. A próxima reunião é em 17 e 18 de junho.